FENDA

fresta, fisga. trincha. greta

qualquer abertura

que permita

a passagem

de luz

e ar

Apresento neste portfólio a proposta de exposição individual intitulada FENDA”, que conta com trabalhos inéditos: desenhos, esculturas, estruturas em crochê, fotografias, vídeos e objetos.

A mistura de materiais diversos – e por vezes estressantes entre si – proporciona, através de ações poéticas, a exploração das formas de subjetivação da experiência de viver em um corpo feminino, em tempos de uma enorme transição.

A transformação do corpo é uma constante. Por um lado sente as influências do que acontece fora de si, desde as tensões de sua relação com o espaço e com as tarefas domésticas – pressionado por mecanismos de poder. Em meio a esse intrincado momento de mutações, interiormente transborda-se em seus afetos: da concepção ao último ponto, sopro, piscada. É possível a construção de um corpo de resistência aos padrões opressivos, mais próximo das percepções realizáveis em contraponto a idealização?

A exposição é um convite para um percurso dialógico-reflexivo, com o que emerge da subcultura identitária, da livre experiência e da arte.